Era pós PC: Um desafio a parte para a indústria da computação

A era pós-PC”, foi assim que Steve Jobs nomeou o iminente futuro da tecnologia após o anuncio do iPad ao publico. Claro que Jobs não pensava em substituir seus Macbooks por iPads, o que ele queria ressaltar era a tendência da computação que surgia a partir daquele momento.

Muitos especialistas ainda consideram que a era pós-pc esta longe de chegar e sua própria “existência” ainda não esta bem consolidada pela comunidade tecnologica. Neste artigo o intuito não é filosofar sobre linhas do tempo e evolução tecnológica. Deixo isso a cargo de homens como Steve Jobs, Bill Gates, Linus Torvalds, Paul Allen e Michael Dell. Mas uma coisa é certa: O iPad mudou a forma como vemos nossas maquinas.

ANÚNCIO

Há não muito tempo víamos os computadores como aquelas caixas “quadradas” e com milhares de cabos ligados. Era algo para se usar no trabalho, ocupavam muito espaço, eram lentas, travavam constantemente e precisavam ser reiniciados várias vezes ao dia para funcionar. E nem estou falando do Windows, qualquer um que teve um Apple da década de 80 sabe que o sistema não era tão estável como hoje, a maçã também teve seus dias de trevas. E os monitores eram coisas ainda maiores, mais pesados e que muitas vezes precisavam de uns “tapinhas” para funcionar.

“Quem precisa de um computador em casa?” Essa foi a suposta reação da IBM ao ver uma proposta de computadores pequenos e pessoais.

Mas ai vieram os computadores pessoais como conhecemos hoje: menores, mais rápidos e mais baratos. A IBM provavelmente se arrepende até hoje da suposta frase acima, afinal praticamente toda a residência de classe média possui um pc. A empresa foi uma das percussoras da arquitetura PC mas nunca mais conseguiu dar as caras como desenvolvedora, deixando o espaço para a HP, Dell, Apple e os tigres asiáticos.

Mas assim como a IBM perdeu a linha do tempo na era PC a maioria das empresas aparentemente podem seguir a mesma linha se não abrirem os olhos para a era pós-pc. A nova geração de computadores e principalmente usuários exige algo a mais que os fabricantes estão acostumados a oferecer. Agora o mercado exige mais mobilidade, integração, simplicidade e principalmente confiabilidade.

ANÚNCIO

Não é a toa que o iPad saiu na frente da concorrência neste mercado. O gadget da Apple é robusto, bonito, com ótimo acabamento. Com foco em mobilidade é difícil definir se o iPad é um celular grande ou um computador pequeno. Sinceramente eu fico com a primeira opção, mas é tendência que tablets sejam cada dias mais preferidos (e comprados) pelos usuários que os notebooks e computadores pessoais.

Algumas empresas tem corrido atrás do tempo perdido e tentando se adaptar a nova realidade. A Microsoft vem em uma longa alavancada pelo desenvolvimento do seu tablet Surface, que diferente do iPad apresenta a proposta de ser um mini PC no lugar de um grande celular. A Google e a Amazon seguem a mesma tendência da maça ao lançar seus Nexus Tab e kindel Fire respectivamente.

Microsoft aposta no Surface para recuperar o tempo perdido

Mas e as outras grandes do setor como LG, Dell, HP, Samsung e Lenovo? O que essas gigantes devem fazer para continuar vivas no mercado? A coreana Samsung já se apresenta bem a frente ao trazer várias opções de tablets com a linha Galaxy Tab e recentemente anunciou seus planos para trazer também o Windows 8 RT como plataforma. A LG por outro lado parece que não tem visto com bons olhos o mercado de tablets, cancelando recentemente sua linha de aparelhos para dar foco a sua "bem sucedida" gama de smartphones.

ANÚNCIO

Se os tablets e as telas sensíveis ao toque são o futuro da era Pós PC somente o tempo e os consumidores irão dizer.

Mas é sempre bom lembrar daquela velha frase da IBM:

“Quem precisa de um computador em casa?”