5 empresas brasileiras estão proibidas de exportar frango aos sauditas

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que 5 unidades frigoríficas de carne de frango acabaram desabilitadas para exportar para a Arábia Saudita.

A Arábia é o maior importador do produto brasileiro e essa proibição continua por razões técnicas.

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A entidade representa os principais produtores de carne de ave e carne suína do Brasil e afirmou que 25 unidades ainda podem exportar aos saudistas, esse número de um total de 58 unidades habilitadas pelo Ministério da Agricultura do Brasil.

Dessas 58, somente 30 realmente embarcavam produtos aos sauditas, segundo informações da ABPA. "O impacto, portanto, é sobre cinco plantas frigoríficas".

A notícia

O comunicado foi divulgado no site da ABPA no dia 22 de janeiro, depois de uma reportagem publicada pelo portal do jornal Folha de São Paulo revelar mais cedo a notícia.

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“As empresas autorizadas constam em uma lista divulgada pelas autoridades sauditas. As razões informadas para a não autorização das demais plantas habilitadas decorrem de critérios técnicos”, disse a ABPA em nota.

“Planos de ação corretiva estão em implementação para a retomada das autorizações”, acrescentou a ABPA. Não ficou claro no comunicado quais frigoríficos foram desabilitados.

Na Folha de São Paulo, a matéria dizia que entre as cinco unidades que foram descredenciadas pelos árabes estão plantas da BRF e da JBS.

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Nenhuma delas conversou com a equipe sobre o assunto, mas as ações das duas tiveram queda depois da divulgação da notícia.

O Ministério da Agricultura brasileiro informou via nota que o grupo de unidades que foi desabilitado respondeu por 63% do lucro de exportações brasileiras de carne de frango para a Arábia Saudita. Isso somente no ano passado.

Comunicado na íntegra

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) confirma que a Arábia Saudita mantém a autorização de exportação de 25 plantas frigoríficas de carne de frango brasileira.  

Atualmente, 58 plantas são habilitadas pelo Ministério da Agricultura brasileiro a exportar, mas somente 30 destas embarcam produtos efetivamente. 

O impacto, portanto, é sobre 5 plantas frigoríficas.

As empresas autorizadas constam em uma lista divulgada pelas autoridades sauditas. 

As razões informadas para a não-autorização das demais plantas habilitadas decorrem de critérios técnicos.  

Planos de ação corretiva estão em implementação para a retomada das autorizações.

A ABPA está em contato com o Governo Brasileiro para que, em tratativa com o Reino da Arábia Saudita, sejam solvidos os eventuais questionamentos e incluídas as demais plantas.

Além disto, as plantas que hoje não estão habilitadas contarão com o apoio do Ministério para obter a autorização para exportar a este mercado.

Como foram as vendas em janeiro?

A Associação Brasileira de Proteína Animal informou que as exportações de carne de frango, considerando todos os produtos – entre in natura e processados também – totalizaram 281,8 mil toneladas em janeiro.

Esse volume é quase 15% menor que as 330,5 mil toneladas embarcadas no mesmo período do ano passado.

Em receita, as exportações de carne de frango no mês alcançaram US$ 453 milhões, saldo 12,9% inferior ao resultado de janeiro do ano passado, com US$ 520,2 milhões.